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Da minha janela

  • nataliarib
  • 4 de jan. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 6 de jan. de 2021

Eu, que sempre gostei de estar perto, aprendi a apreciar a beleza que existe na distância. Seja por janelas, oceanos ou no sorriso escondido por uma máscara.

Daquelas miudezas da vida – como diria uma amiga que viajou para longe. Falando nela, como fez falta poder abraçar. O tempo foi tão curto que os nossos olhos não puderam mais se encontrar. No fim estivemos juntas apenas em telas; e como queria ter sido o motivo de mais notificações que chegavam a ti.

Nas telas de celular vi passar angústias e incertezas. Por medo evitei ver o sol nascer. Tomei como contínuas as chuvas que sequer caíram. Escondi-me em lençóis para enganar a escuridão.

Breve como adolescente julguei-me pronta para encarar a tudo e a todos. Até que a onda do mar quebrou a realidade, mostrando que, muitas vezes, um par de braços não é o suficiente para fugir da força das tribulações.

Esse mar da vida, que alcança o infinito, também pode ser brisa de verão. Agora, porém, revolto, ele insiste em disputar importância com o sol. Quer ser o astro rei das tormentas que ainda teimam em me atingir.

Diz que o mundo não vai acabar. E conta isso da tua janela. Foi dela que eu vi pessoas festejando. Batiam palmas para mostrar que o sol estava vivo. Mesmo descrentes, as mãos se limitaram a viver a doce expectativa de um amanhecer radiante. Pois sim, “os dias são contados pra gente viver”.

Texto e foto: Natalia Ribeiro

 
 
 

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